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quarta-feira, junho 23, 2004

Tempo 

Sempre achei o tempo uma coisa esquisita. Acreditem ou não, mesmo não sendo espanhola,a verdade é que gosto de sentir as coisas. De as apalpar, de as poder cheirar e morder. Ora bem, o tempo não é assim. Acho que a única coisa que efectivamente ele faz, para além de passivamente se deixar estar para ali é chatear o próximo. E o próximo, normalmente somos nós. Neste caso eu, que me queixo. Chateia por exemplo, por causa das saudades, chateia por causa do perigo iminente da monotonia, chateia por causa da velhice das coisas que antes eram novinhas, chateia por causa da falta de paciência... Enfim, o tempo é um granda chato. Tipo Emplastro, não descola por mais que o enxotemos..
Era ou não era bom continuar a viver por aí sem stressar com as horas, o despertador, a marcação das semanas de férias, a conversa fiada dos amigos nostalgicos? Era também, por exemplo, fantástico que eu não tivesse que quebrar o gelo desta maneira só para justificar o tempo imenso em que não pus aqui os calcantes... Não era?
O tempo é realmente esquesito. Não sabe a nada e quando sabe é normalmente a sentimentos extremos tipo tristeza,ansiedade, dor da ciática. O tempo só é coisa boa quando nos obrigamos a tê-lo em quantidades razoáveis para dormir, fazer amor ou para aplicar em estúpidos e normalmente obcessivos "passa-tempos". Ah, pois é!E o tempo passa. Neste caso passou. E já me estou eu a justificar outra vez. Porque é que não passei por aqui?? É pá,porque o tempo me roubou para outras coisas.É mesmo estúpido!!!

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